Instrumentos musicais, sons, canções e ritmo. Estas são algumas das ferramentas da musicoterapia, técnica que pode ajudar no tratamento de diversas doenças físicas e mentais e aliviar alguns de seus sintomas, como dor e ansiedade. Cada vez mais estudos apontam os benefícios da musicoterapia para quem tem depressão, câncer, mal de Parkinson, entre várias outras doenças.
O potencial terapêutico da música pode ser aproveitado por pacientes de diferentes faixas etárias – até por recém-nascidos. Um estudo sugere que alguns sons, como canções de ninar, podem acalmar bebês prematuros – que geralmente são mais agitados por conta do estresse que sofrem no período de hospitalização – e melhorar seus padrões de sono e alimentação, além de diminuir o estresse dos pais.
Outro grupo que pode se beneficiar da musicoterapia são os portadores de mal de Alzheimer e outras demências. A música ativa o sistema límbico do cérebro, região responsável pelas emoções e afetividade. Por isso, ouvir uma melodia pode ajudar a resgatar memórias de quem sofre da doença.
Musicoterapia ajuda a tratar a dor e reduzir o estresse
A musicoterapia pode melhorar o humor e a qualidade de vida de pacientes e, consequentemente, o processo de reabilitação. Esse tipo de terapia pode ajudar no enfrentamento do câncer, por exemplo, ao contribuir para o alívio da dor, da ansiedade e da fadiga.
Segundo o estudo “Music interventions for improving psychological and physical outcomes in cancer patients”, realizado pela Universidade de Drexel, nos Estados Unidos, a técnica pode ajudar na melhora do quadro clínico de pacientes, bem como na diminuição do número de medicamentos tomados e no tempo das internações.
Ouvir e tocar música também reduz o nível de cortisol, o hormônio responsável pelo estresse. E estar relaxado pode fazer uma grande diferença para quem precisa passar por procedimentos médicos.
Um outro estudo – intitulado “Music to reduce pain and distress in the pediatric emergency department: a randomized clinical trial” -, sobre a ligação entre música e estresse, realizado pela Universidade de Alberta, no Canadá, descobriu que a música pode ajudar a acalmar as crianças internadas em alas de emergência.
As crianças que ouviram música relaxante enquanto recebiam um medicamento na veia relataram dor muito menor e algumas demonstraram significativamente menos sofrimento, em comparação com as que não ouviram música. Além disso, no grupo das que escutaram música, mais de dois terços dos profissionais de saúde relataram que as injeções eram muito fáceis de administrar.
Musicoterapia com acompanhamento de um profissional
O profissional responsável pelo uso da música como terapia é o musicoterapeuta. Depois de avaliar as necessidades de cada paciente, o terapeuta indica o melhor tratamento, que inclui criar, cantar e ouvir música. A musicoterapia pode ser especialmente útil para aqueles que têm dificuldade para se expressar em palavras. Por isso, é bastante indicada para pessoas com distúrbios de comunicação e problemas neurológicos também.